
Durante o ano temos diversas campanhas mensais, tanto nacionais como mundiais, que são associadas a uma cor e a um tema importante relacionado a saúde. Essas campanhas têm como objetivo, abrir espaço para falar sobre o assunto, informar, promover ações para a conscientização das pessoas, desmitificando crenças e tabus.
O Janeiro Branco dá início a essas campanhas anuais para divulgar a importância do cuidado com a saúde mental, buscando eliminar o preconceito com o tema.
Essa campanha é ainda pouco conhecida, necessitando de uma maior divulgação, foi criada em 2014 por um grupo de psicólogos de Minas Gerais que buscava criar uma cultura sobre o tema.
A escolha pelo mês de janeiro não é por acaso, já que é o período entre o fim de um ano e início de um novo, levando a pessoas a reflexão do que viveu e a preocupação com o que vem pela frente.
O janeiro branco se expandiu internacionalmente, e chegou a outros países, como Portugal, Estados Unidos e Japão.
Com a pandemia a importância de falar em saúde mental mostrando a necessidade de cuidar dela ficou ainda maior. Quanto mais informação, mais oportunidade das pessoas adoecida se perceberem e buscarem ajuda.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 12 milhões de brasileiros sofrem de depressão e é o país mais ansioso do mundo, mesmo antes da COVID 19. Infelizmente aqui e no resto do mundo, as doenças mentais nem sempre foram levadas a sério, sendo desvalorizada e ridicularizando as pessoas portadoras de transtornos.
O preconceito com a pessoas portadoras de transtornos mentais, também chamado de PSICOFOBIA, contribui muito para a ausência de tratamento, levando a negligencia com essa dimensão da saúde, e em alguns casos, o indivíduo busca alívio das suas dores emocionais no suicídio.
Precisamos aproveitar a comunicação digital para “contaminar” essa sociedade conectada, com informações fundamentais para encorajar a busca pelo apoio psicológico, deixando a vergonha de lado, para que se possa assumir suas dores, fraquezas que impactam também a saúde física e social do indivíduo.
A responsabilidade em divulgar a campanha do janeiro branco não deve ser apenas dos profissionais da saúde mental, mas da sociedade no geral.
Cuidar bem da mente é cuidar bem a vida.
Não vamos deixar que o cuidado com a saúde mental passar em branco.
