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Você sabe o por que a campanha do combate do suicídio chama setembro Amarelo?

Começo contando uma história antiga, mas que, infelizmente, acontece com muitos jovens que não sabem lidar com suas questões emocionais.

Em 1994, havia um rapaz chamado Mike EMME com 17 anos, que morava em Westminster, no Colorado, Estados Unidos. Era um garoto feliz, aparentemente, super bem relacionado, bom filho e apaixonado pelo seu carro: um Mustang Amarelo, que ele mesmo reformou.

Mas ninguém sabia que Mike não estava bem mentalmente, sem pedir ajuda, no dia 08 de setembro de 1994, seus pais o encontraram morto com um tiro, dentro do seu carro.

Mike se preocupou de deixa o seguinte bilhete para os pais:

“Mãe e pai, não se culpem. Eu amo vocês”, dizia o papel. Com amor, Mike. 11:45 pm”.

Como em qualquer caso de suicídio, os famíliares ficam desesperados, se sentem culpados, lamentam não ter percebido o que estava acontecendo, e com os pais de Mike não foi diferente.

A situação e alguns questionamentos, levou a família e amigos distribuírem no dia do sepultamento do garoto, centenas de cartões presos a um lacinho de fita amarela, homenageando o carro de Mike, com uma breve mensagem:

“Se você precisar, peça ajuda”.

Conscientizar as pessoas a pedir ajuda, é informar sobre a importância de se perceber, de identificar e fala sobre sentimentos, pensamentos que estão impactando em sua saúde mental.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), ter saúde mental significa um estado de bem estar no qual a pessoa desenvolve suas habilidades pessoais, seus recursos internos através das experiencias vividas, e dessa forma consegue lidar com os estresses da vida, e seguir trabalhando de forma produtiva e apto a dar sua contribuição para sua comunidade.

Dados da OMS indicam que o suicídio geralmente aparece associado a doenças mentais, sendo que a mais comum, atualmente, é a depressão, responsável por 30% dos casos relatados em todo o mundo. A uma estimativa de que uma em cada quatro pessoas sofrerá de depressão ao longo da vida.

Existem outros fatores associados ao suicídio como o alcoolismo que responde por 18% dos casos, a esquizofrenia por 14% e os transtornos de personalidade por 13%, todavia demais casos estão relacionados a outras doenças mentais.

Em 2003 a Organização Mundial da Saúde instituiu o dia 10 de setembro como sendo o Dia Mundial do Combate ao Suicídio. Em 2015, o Conselho Federal de medicina, junto com a Associação Brasileira de Psiquiatria e o CVV (Centro de Valorização da Vida) foi criada a campanha com a proposta de associar à cor ao mês que marca o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

Os casos de suicídios não é um problema só do Brasil, e conforme Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da Organização Mundial da Saúde:

“Não podemos e não devemos ignorar o suicídio”.
“Cada um deles é uma tragédia. Nossa atenção à prevenção do suicídio é ainda mais importante agora, depois de muitos meses convivendo com a pandemia de COVID-19, com muitos dos fatores de risco para suicídio: perda de emprego, estresse financeiro e isolamento social ainda muito presentes. A nova orientação que a OMS lança hoje, fornece um caminho claro para intensificar os esforços de prevenção do suicídio.”

O mais preocupante é que dados mundiais indicam que a cada 40 segundos, alguém se suicida no mundo, totalizando cerca de 1 milhão de suicídios por ano. O intervalo de tempo entre as tentativas de tirar a própria vida são ainda menores: uma a cada três segundos. Já no Brasil, ocorre um suicídio a cada 45 minutos.

A faixa etária mais afetada é de 15 a 29 anos, sendo a terceira causa de morte, e na faixa de 10 a 14 anos, o suicídio é a sétima causa de morte.

Segundo outros dados, aproximadamente 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida, e 4,8% dessas pessoas que pensaram em acabar com a sua própria vida, elaboraram um plano para se suicidar.

Cuidar da saúde mental influencia muito na maneira como você lida com as coisas, e é a chave para sobreviver em qualquer situação crítica, e consequentemente vai impactar em sua forma de lidar e viver.

É importante considerar que para cada pessoa, uma mesma situação problema é recebida de maneira diferente, e isso precisa ser respeitado.

Não é necessário ser um especialista para identificar que alguém não está lidando bem com as adversidades da vida, qualquer mudança de comportamento seu ou de alguém por perto, pode ser um sinal de que algo não está bem.

Não julgue!

De a oportunidade do outro falar de suas dores, sem desvalorizar, a dor de uma pessoa não é nem maior e nem menor que a da outra pessoa, é diferente, e só ela sabe como o seu sofrimento em relação a vida.

O que pode levar uma pessoa a se suicidar?

  • Depressão
  • Problemas amorosos ou familiares
  • Uso de Drogas e álcool
  • Bullying
  • Solidão
  • Insanidade mental

O que pode levar uma pessoa a se suicidar?

  • Traumas emocionais (sexuais, violência, maus tratos
  • Diagnósticos de doenças
  • Desilusão de qualquer ordem
  • Desequilíbrio emocional;
  • Problemas socioeconômicos;
  • Luto

Como ajudar e onde encontrar ajuda. Segue algumas dicas de acordo com o Centro de Valorização à Vida (CVV):

  • Ofereça seu apoio a pessoa que você perceba impactada, escolha um momento tranquilo e se for necessário, fale sobre o que é suicídio.
  • Escute com atenção e carinho, com a mente aberta, sem julgamentos, e a deixe perceber que você quer ajudá-la.
  • Incentive a pessoa a buscar ajuda de um profissional da saúde.
  • Ofereça sua companhia para ir ao atendimento.
  • Não deixe essa pessoa sozinha se você acha que ela está em perigo imediato.
  • Acompanhe sua rotina.

“Viver é um desafio constante, cheio de altos e baixos, como uma montanha russa. A parte mais interessante é a descida, pois é quando percebemos nossas emoções. E na vida deve ser assim também”.

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